- Eu bem disse...
- Avisei muito...
- Ninguém esperava por essa...
- Se a responsabilidade estivesse em minhas mãos, isso nunca sucederia...
- Foi muita imprevidência...
- Se eu soubesse antes, agiria de outra forma...
Depois de cada frase, alinham-se os comentários. Interpretações deprimentes, versos fesceninas, maldições, boatos.
Convençamo-nos, porém, de que advertências ou queixas tardias não adiantam. Não vale reclamar à frente dos escombros de casa caída. Urge verificar a extensão do desastre e socorrer as vítimas. Suar na remoção dos destroços e rearticular possibilidades. Estabelecer a calma e selecionar o que se faça útil.
Nas crises das boas obras, é preciso atender igualmente a isso. Aprender a recomeçar vezes e vezes. Sofrer e seguir adiante. Contar com dificuldade, censura, impedimento, solidão.
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