O senador José Agripino comemorou a aprovação, nessa terça-feira
(24), pelo Senado, do projeto de lei que reconhece e regulamenta a
profissão de vaqueiro. Mais de 70 profissionais, principalmente do
Nordeste, acompanharam a sessão de votação no plenário da Casa. “Conheci
a dureza da vida de vocês. Meu pai, avô e bisavô são homens que vieram
do campo, que formaram filhos com a renda da terra”, frisou o líder do
Democratas do Senado.
O texto aprovado define o vaqueiro como profissional responsável pelo
trato, manejo e condução de animais como bois, búfalos, cavalos, mulas,
cabras e ovelhas. Pelo projeto, estão entre as atribuições do vaqueiro:
alimentar os animais, fazer a ordenha, treinar e preparar animais para
eventos culturais e socioesportivos com a garantia de que não sejam
submetidos a atos de violência; e, sob a orientação de veterinários e
técnicos qualificados, auxiliar com os cuidados necessários à reprodução
das espécies.
Durante a votação, o senador contou que sempre teve consideração pelo
trabalho do vaqueiro. Quando foi governador do Rio Grande do Norte,
implantou o “Projeto Curral”, que repunha o gado perdido por causa da
seca. “Acompanhei o sofrimento principalmente do vaqueiro autônomo que,
quando vem a seca, ele perde tudo. Quando criei o projeto, eu pensava no
homem do campo, em sua sobrevivência. Por meio desse projeto, esses
vaqueiros criaram seus filhos, mas se não fosse a valentia deles, minha
ação teria sido em vão”, frisou.
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